Nosso maior problema é que mesmo com o avanço da aplicação de imunizantes no Brasil e demais países do mundo, muitas pessoas, principalmente de países pobres, ainda possuem certa dificuldade para conseguir as vacinas que evitam casos graves e mortes. Entenda o caso agora mesmo e o que o executivo disse a respeito disso.

Desigualdade na vacinação é grande problema

Quase três anos depois de todos sermos obrigados a modificar nosso dia a dia por conta do vírus da COVID-19, ainda temos muito a aprender em relação à distribuição de vacinas ao redor do globo. Pode parecer simples, mas um grande problema que tem afetado a raça humana é que o dinheiro tem sido colocado à frente das vidas que podem ser salvas. Isso porque a regra é uma só: países que têm mais dinheiro possuem mais vacinas. E este fenômeno tem feito com que nações mais pobres, principalmente do continente africano, não consigam ter acesso aos imunizantes. Para se ter ideia do atual problema, basta analisar os dados atuais. Informações do dia 22 de janeiro de 2022 nos mostram que apenas 27,6% da população da África do Sul havia recebido a segunda dose da vacina contra a COVID-19. Os dados são mais alarmantes quando falamos sobre a dose de reforço: apenas 0,8% dos sul-africanos receberam a terceira dose. Em 2020, este país possuía mais de 59 milhões de habitantes. Entendeu como a desigualdade na vacinação é um de nossos grandes problemas? Além de provocar mais mortes, isso também pode causar a criação de mais variantes da COVID-19. Se sabe que a variante Ômicron não surgiu na África do Sul, mas quando ficamos sabendo dela pela primeira vez, a explosão da casos aconteceu quando apenas 24% da população deste país estava imunizada. Hoje em dia, já se sabe que a nova variante Ômicron é menos letal, mas seu nível de transmissão altíssimo apenas nos mostra que vale a pena investir para acabar com a desigualdade na vacinação para evitarmos mortes.

Próxima pandemia pode ser evitada

Você pode não saber, mas Bill Gates é um dos maiores incentivadores da vacinação e desenvolvimento de novos imunizantes para que possamos passar pela pandemia da melhor forma possível. O grande problema é que como diz o ditado, “uma andorinha só não faz verão”. Dessa forma, o dono da Microsoft ressaltou que é importante que outras empresas e governos façam investimentos que serão colhidos no futuro. Caso contrário, ficamos sempre no ciclo de ter que mudar nossas vidas com a chegada de uma nova pandemia. Por meio da organização filantrópica Bill & Melinda Gates Foundation, o dono da Microsoft realizou a doação US$ 150 milhões (R$ 821,47 milhõões) para a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI), instituição que liderou o consórcio Covax, que é focado apenas na distribuição de vacinas para para países da média de baixa renda. O empresário acredita que para que não possamos viver uma pandemia novamente, será necessário que os investimentos sejam feitos o quanto antes. A CEPI foi criada em 2016 após a pandemia de Ebola e desde então, tem sido bastante importante para o desenvolvimento de vacinas. Um exemplo é que os imunizantes da Moderna e AstraZeneca, que foram distribuídos para diversos países, foram desenvolvidas com uma parte do fundo da CEPI.

Bill Gates lembra apoio para países pobres

Como é de conhecimento geral, as vacinas não impedem que uma pessoa seja infectada, mas evita mortes e casos mais graves que podem resultar em uma internação. O ponto que está sendo destacado por Bill Gates é que precisamos ter um plano para fazer com que a vacinação seja realmente abrangente e não centrada apenas em nações mais ricas em uma próxima pandemia. Mas os erros na distribuição de vacinas também pode (e devem) ser corrigidos agora. A criação de uma vacina contra HIV e melhores vacinas para tuberculose e malária é uma ótima forma de continuarmos testando e aprimorando o desenvolvimento e distribuição de vacinas, de acordo com Gates. Há uma iniciativa da Universidade de Oxford que é focada em desenvolver novas vacinas em 100 dias, mas os cientistas não conseguirão agir se não houver financiamento de pesquisa. Para que este objetivo seja alcançado, a CEPI possui a meta de arrecadar US$ 3,5 bilhões (R$ 19,17 bilhões). Podemos ter uma vacina eficaz em pouco tempo, mas a união precisa ser mostrada no atual momento.

Ensinamentos da COVID-19

Não era necessário uma pandemia de mais de três anos para sabermos disso, mas é importante lembrar que a ciência é nossa maior parceira quando falamos de doenças graves. Entretanto, a mesma não deve ser politizada ou elitizada para que apenas países ricos tenham acesso aos avanços. O principal foco não deve ser a vacinação de uma, duas ou três regiões do mundo, mas sim de todas as partes do nosso planeta. A fala de Bill Gates nos alerta de que caso as ações para que a distribuição de vacinas avancem nesta e e uma próxima pandemia não sejam tomadas agora, teremos ainda mais mortes e demais problemas financeiros. Você acredita que iremos passar pelos mesmos problemas caso uma nova doença surja no mundo ou os ensinamentos da COVID-19 foram suficientes? Diga pra gente nos comentários!

Veja também

Uma esperança para que mais pessoas recebam imunizantes é a criação de uma vacina sem patentes, que permite fácil distribuição devido ao pagamento de royalties não existir. Fontes: Independent l Interesting Engineering l Our World In Data

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