Em Busca de Corais de 2017, fala sobre o desastroso “embranquecimento” de corais ao redor do mundo — um fenômeno em que corais perdem sua cor e consequentemente sua vida. Já Chasing Ice (sem tradução para o português) de 2012, foca no impacto do aquecimento global no círculo ártico. Em Chasing Ice, que inclusive foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário, o documentarista também trabalhou como cinegrafista sub-aquático nas gélidas temperaturas árticas. A Netflix disponibilizou Em Busca de Corais na íntegra em seu canal do YouTube. E veja abaixo também o trailer de Chasing Ice: Ao produzir O Dilema das Redes, o diretor traz o mesmo sentimento de urgência e alarme dos seus trabalhos anteriores, e agora foca na problemática era das redes sociais. O objetivo do documentário é mostrar o impacto negativo na saúde física e mental dos usuários e a rápida disseminação de fake news, com efeitos catastróficos no cenário político mundial. Veja o trailer abaixo. Um dos entrevistados chave do documentário é Tristan Harris, um designer que trabalhou para o Google, e percebeu que situações como brechas da privacidade dos usuários e estímulos ao vício não eram efeitos colaterais, mas sim estratégias deliberadas e elaboradas internamente.  Tristan Harris, assim como outros nomes da indústria entrevistados em O Dilema das Redes, afirmam categoricamente que as plataformas manipulam o comportamento dos usuários para benefício próprio, e mantêm os usuários sempre engajados através de um feed “eterno”. Os especialistas alegam que já chegamos ao ponto que as redes não somente preveem como também influenciam desde decisões básicas de compra à escolha por um candidato nas eleições. Ao perceber que o Google ultrapassou os limites da ética, Tristan Harris pediu demissão da gigante de tecnologia e criou uma iniciativa chamada “Center for Humane Technology” (“Centro para Tecnologia Humanizada” em tradução livre) com o objetivo de criar uma consciência coletiva e um pensamento crítico, para que usuários entendam a manipulação que sofrem por parte de grandes nomes da indústria como Google, Facebook, Twitter e outros. O documentário também é muito inteligente em não somente se basear em entrevistas e fatos, mas cria uma narrativa fictícia (ou seja, cenas dramatizadas com atores), que mostra os efeitos das redes sociais em uma família de classe média americana. O foco principal destas cenas são dois personagens que são os maiores usuários — e dependentes das redes: uma pré-adolescente, claramente com problemas de auto-estima e, um jovem que acredita facilmente em um radical no YouTube.  Lógico, os exemplos são extremos, mas servem perfeitamente para ilustrar o impacto nesse perfil de usuário — e eu acho que foi uma escolha muito bem sucedida pelo documentarista.Não estou falando que o conteúdo deste documentário deve ser absorvido cegamente, mas acredito que seja uma excelente oportunidade para assistir por famílias que tenham membros pertencentes a esses “grupos de risco” — vou pelo menos adotar essa semântica alarmista, pois não tem como ignorá-la.O Dilema das Redes está disponível na Netflix, e com certeza você deve assisti-lo e discuti-lo com seus amigos e familiares. Se não assistiu, confira e volte aqui nos comentários do Showmetech para dizer o que achou! E não esqueça de conferir também os títulos lançados pela Netflix em outubro!

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