Segundo o relatório, o aumento na demanda por computadores e notebooks foi maior entre os consumidores em geral, seguido pelo setor educacional e comercial. De modo geral, o crescimento nas vendas de PCs foi impulsionado pela pandemia, afinal muitas pessoas precisaram comprar ou trocar seus dispositivos para conseguir trabalhar e estudar remotamente. O levantamento da IDC inclui apenas remessas de desktops, notebook e estações de trabalho. Servidores x86  e tablets não foram considerados na pesquisa.

O mercado de PCs deve crescer em 2021, mesmo com falta de chips

Além das projeções que o mercado de PCs deve crescer em 2021, a IDC espera que a escassez de chips, que afeta a indústria como um todo, comece a diminuir a partir do a partir do 3º trimestre deste ano. Mas, mesmo com a crise de chips mais controlada, a IDC acredita que o equilíbrio nas leis de oferta e demanda aconteça apenas a partir do próximo. Ryan Reith, vice-presidente de programas da IDC, destaca que, no momento, o mercado de PCs enfrenta a falta de componentes e semicondutores de menor custo, como codecs de áudio, ICs de driver de painel de notebook, sensores e ICs de gerenciamento de energia (PMICs). Mario Morales, vice-presidente de programa de semicondutores da IDC, explica que a maior parte dos componentes que estão em falta no mercado utilizam “tecnologias de 40 nanômetros ou mais antigas” e os fabricantes priorizam investir em tecnologia de ponta, o que justifica a escassez de peças.  A IDC prevê ainda uma queda de -2,9% no mercado de PCs em 2022. Apesar da retração, o crescimento anual do setor, de modo geral, deve se manter positivo, já que a taxa de crescimento anual acumulada dos últimos cinco anos (CAGR) se manteve em 3%. Também é esperado um aumento nas vendas de PCS e componentes para o segmento gamer nos próximos anos, o que pode ajudar a manter o mercado aquecido.

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Fonte: IDC; ZDNet; ARN