Lançado esta semana no Google Play, o Hitrix é o mais novo puzzle game disponível para o sistema Android. Desenvolvido pelo brasileiro Erick Couto, o objetivo do jogo é conquistar planetas, empilhando blocos para vencer os desafios propostos em cada fase. A cada 20 desafios vencidos, ganha-se um novo mundo. O cuidado com o design do game é digno de nota. Com uma interface bela e minimalista, ela lembra a nova safra de indie games que estão fazendo sucesso no Android, iOS e também no desktop. O jogo conta também com suporte ao Play Services, permitindo salvar e comparar resultados com amigos na rede Google+. Depois de gastar algumas horas jogando, convidamos o Erick para uma sessão de perguntas e respostas, tentando entender as dificuldades presentes na criação de games para dispositivos móveis pensando em ajudar outros desenvolvedores a criarem seus próprios títulos. Veja:

O que te levou a criar um jogo para smartphones?

Estamos presenciando um crescimento assustador no número de smartphones no Brasil e no mundo. Hoje, quase todo mundo possui um aparelho, e é algo que fica com a pessoa quase 24 horas por dia. É um cenário perfeito para qualquer desenvolvedor de aplicativos ou de jogos, pois foram criadas necessidades novas e desafiadoras muito diferente das que existiam quando só tínhamos usuários sentados em frente a um computador. Especificamente sobre a criação de um jogo como o Hitrix, acho que o mercado de jogos casuais tem muito para crescer, e essa é uma demanda da mobilidade, pois as pessoas vão jogar o seu jogo por no máximo cinco, dez minutos de cada vez.. mas várias vezes ao dia.

Por quê um jogo para Android e não iOS?

Na verdade, a minha trajetória profissional foi principalmente construída em cima da linguagem Java. Desta forma, a transição para o desenvolvimento no Android foi muito menos traumático do que seria se eu tivesse optado pelo iOS da Apple. É um projeto futuro desenvolver também para o iOS, mas tenho certeza que demandará um tempo maior de estudos. Outro fator importante é que a concorrência no Android acaba sendo menor, pois no iOS vemos um investimento maior para jogos e apps do que no Android.

Você já criou o TáVindo, um app que gerencia feriados brasileiros. Essa segunda empreitada foi mais fácil?

Antes de finalizar o Hitrix, eu parei um pouco e refleti sobre como é difícil e trabalhoso desenvolver um jogo. O trabalho é muito maior do que o desenvolvimento de um aplicativo como TáVindo (lógico, dependendo do tamanho dos projetos). Principalmente, porque você tem que se preocupar com elementos que não existem nos aplicativos, como músicas e efeitos sonoros, por exemplo, tudo tem que funcionar de forma sincronizada.

E o mercado brasileiro de games e aplicativos mobile? Você acha que já existem nomes importantes a serem lembrados?

O mercado brasileiro não é promissor… ele já é uma realidade. Temos condições de produzir aplicativos e jogos por aqui com o mesmo padrão de qualidade de qualquer empresa lá de fora. O que falta por aqui é investimento, tanto em treinamento como em apoio aos novos projetos, mas em mobile isso acaba tendo um peso menor do que no desenvolvimento de sistemas para desktop, pois os projetos são menores e mais simples. Ainda, o Brasileiro é muito criativo, responsável por excelentes criações que fazem sucesso aqui e lá fora.

Existem novos projetos?

Sim, o próprio TáVindo tem algumas melhorias planejadas, fruto do contato dos usuários. Nos jogos, tenho mais dois projetos em mente, um deles mais voltado para o lado social, com a participação colaborativa dos jogadores através do multiplayer do Google Play Services. Também tenho um projeto voltado para a educação. Para conhecer e fazer o download, visite a página do Hitrix no Google Play. Gostou do game? Quer fazer perguntas ao Erick? Comente nos campos abaixo, que ele responderá aos leitores.

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