O produto em questão é o Nreal Light, que é mais leve justamente por ter seu processamento realizado em um dispositivo externo, como um portátil comercializado por eles ou o celular do consumidor. A interface Nebula ajuda a tornar a experiência imersiva mais confortável com suporte para, de acordo com eles, “seus aplicativos preferidos”. Descubra, a seguir, outras características do óculos que irá reinventar o a tela do seu smartphone.

Como funciona

O óculos é conectado via um USB-C na haste esquerda e, junto do app grátis, o Android vira um trackpad que pode abrir aplicativos como Netflix, YouTube e Spotify. Você pode abrir e reorganizar os aplicativos no ambiente virtual, mesmo que eles estejam fora do seu campo de visão, com a possibilidade de abrir múltiplos simultaneamente. Assim, caso você tire o aparelho para dormir, ao colocá-lo de volta o sistema se lembrará de como você arrumou a Nebula. Para reconhecer o ambiente, há duas câmeras SLAM (sigla traduzida como “Localização e Mapeamento Simultâneos”) nas quinas de cada lente. Há ainda uma câmera RGB para tirar fotos em tempo real – sim, é como se seus olhos tirassem um screenshot. Pros donos de iPhone ou aos que escolherem a unidade de computação portátil da Nreal, ainda é uma incógnita como o aparelho irá funcionar, já que os demos da CES só aconteceram no Android. Mesmo se você andar com o seu Android de 6 polegadas colado à cara, o Nreal impressiona: são 1080p de resolução para cada olho, e você sente que está vendo uma TV de até 200 polegadas. E há sistema de som integrado, pois os speakers oferecem “som 360”, o que é comum em aparelhos de realidade aumentada desse tipo.

Nreal para gamers?

Na demonstração da CES, foram revelados três títulos, incluindo o Zombie Bomber AR (bombardeador de zumbis), Kingdom of Blades (slasher baseado em ondas de inimigos) e o Arcade Fight (sidescroller de luta, no maior estilo arcade). O ângulo de visão diagonal de 52º auxilia na tarefa de imersão gamer, mesmo que o grande destaque do aparelho não seja este. Outro benefício é ele aceitar os controles híbridos “tipo Switch”, como o Black Shark, de mais ou menos R$ 360, para confortar os gamers que precisam de joystick e botões físicos. Os dispositivos da Finch também são compatíveis, então caso você já esteja acostumado a games e controles de em realidade virtual, o passo para R.A. não será tão grande. Pensando na robustez do aparelho minimalista, temos prós e contras muito claros: ele é bastante leve (pesa 88g) e não cansará o usuário, porém, é um obstáculo enorme para quem tem problemas de visão – e já usa óculos. Não há especificação para cada tipo de óculos de grau, mas na própria CES houve um estojo repleto de lentes que se acoplará à frente do dispositivo via ímãs. A mistura de ambientes 3D com blocos exibindo imagens em 2D, que seria a tela plana dos aplicativos, cria este ecossistema virtual que lembra bastante o HoloLens 2, por exemplo. Um destaque que aproxima o Nreal ainda maisdos óculos da Microsoft é a tecnologia de eye tracking (rastreamento dos olhos) da 7invensun, que dispensa uso de controles físicos e se baseará completamente na visão. Este último destaque chegará, de acordo com eles, “futuramente”. Mais uma utilidade é o aplicativo de compras, que exibe modelos em escala real para visualização em 360º, com direito ao preço. A tecnologia ainda é similar ao que vemos hoje, com modelos que parecem mais artes em 3D do que os “itens de verdade”, então para este ponto ainda é melhor você confiar em compras cara a cara. Uma observação importante ao falarmos sobre realidade aumentada é o fato de que a tecnologia em si ainda está engatinhando, seja no Nreal ou na dupla do HoloLens. O campo de visão do Nreal, por exemplo, ainda é metade do que os imersivos de realidade aumentada proporcionam, sendo apenas uma fração pequena da sua visão. Os Oculus Rift e HTC Vive possuem resolução similar (1080×1200 por olho), mas um ângulo de 110 graus de visão. Isso é ainda mais impressionante se levarmos em consideração que nossa vista abrange o dobro disso. Por fim, a Nreal afirma que o produto funcionará com qualquer Android com processador Snapdragon 855. Ou seja, aparelhos como o Galaxy S10, Google Pixel 4 ou o OnePlus 7. A pré-venda do óculos já atua desde novembro, com o kit de desenvolvedores no site da empresa, por US$1.199 (ou cerca de R$4.800 em conversão direta). Somente os óculos estarão em torno de 500 dólares (2 mil reais), sendo vendidos em algum momento entre março e junho deste ano. E você, acha que o investimento valerá a pena ou prefere esperar pelo futuro dos óculos de R.A.?

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