O objetivo da instituição é, aos poucos, substituir o uso de ferramentas como Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), que são consideradas de lenta compensação, além de altos custos para os usuários. Das justificativas para a nova mudança, o Banco Central aponta três: O projeto visa melhorar não só as transações entre pessoas, mas também entre bancos. Confira abaixo como funcionará melhor o sistema, que terá sua implementação até novembro de 2020.

Entenda como funciona o novo sistema do Banco Central

Uma das possibilidades apontadas é a de criar um nome de usuário para cada pessoa, podendo ser um login com o próprio CPF, acabando com a exigência de inserir dados como nome completo, banco e agência a cada transação que o usuário for fazer, além de que eles funcionariam 24 horas por dia, 7 dias na semana. Atualmente, os pagamentos por transferência são feitos por caixas eletrônicos ou bocas de caixa, e os valores enviados chegam ao destinatário apenas se o usuário que enviou a quantia efetuou a transação em dias úteis, nos horários definidos pelos bancos, que vão de 6h30 até às 17h. A medida pode favorecer a industria de Bitcoin e sistemas de criptomoedas no pais, especialmente no caso de compra e venda, pois permitirá operações como depósito e saque também nos finais de semana e fora do horário comercial, algo que não é permitido atualmente no sistema vigente. Além disso, Startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro, chamadas de Fintechs, poderão ser beneficiadas pela decisão. Outro ponto forte do novo sistema implementado pelo Banco Central, é a substituição de cartões de crédito. As novas compras poderão ser efetuadas por QR Codes, seguindo uma tendência internacional. Após a leitura ser efetuada, o usuário deve aprovar a compra em seu smartphone, através de identificação biométrica, leitura digital, ou por uma selfie, validando que quem está efetuando a compra, é realmente o usuário. Validando a operação, a transação é feita em segundos. No Brasil, a transição para o modelo já teve início também nas instituições bancárias ditas tradicionais. A Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) lançou em junho deste ano a Rede Blockchain do Sistema Financeiro Nacional, em parceria com a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), que conta com a presença de empresas como Bradesco, Banco do Brasil e Sicoob. De acordo com uma pesquisa divulgada pela PwC em 2018, até 2030 de 10% a 20% dos processos econômicos em todo o mundo serão processados em cadeias de blockchain. Segundo o Banco Central, o desenvolvimento custará em torno de R$ 4,3 milhões, enquanto a manutenção está estimada em R$ 1,2 milhão ao ano. Em abril de 2019, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a implantação do novo sistema de pagamentos instantâneos estava próxima de ocorrer, mas agora já é uma realidade. Outra possibilidade do blockchain é sua utilização para remessas internacionais. Esse tipo de transação financeira pode levar dias ou até semanas para ser concretizada no sistema de compensação que está em vigor atualmente. Nele, o dinheiro é repassado por bancos intermediários até chegar ao banco de destino. O novo sistema pode beneficiar que esse processo não sofra tantos desvios, como acontece atualmente. A medida do Banco Central visa melhorar a relação financeira entre pessoas e bancos, diminuindo custos e facilitando, assim como Startups já fazem. O que achou do novo sistema? Deixe nos comentários sua opinião se o novo sistema irá facilitar a vida dos usuários e dos bancos e não deixe de seguir o Showmetech para mais notícias de tecnologia e finanças! Fonte: Estadão