O astrônomo Avi Loeb certamente está no time dos que acreditam na vida extraterreste e por isso está trabalhando em mais um livro didático com essa temática, onde afirma que sim, vida alienígena existe. Inclusive, Avi acredita fielmente que o misterioso asteróide interestelar que passou pela terra em outubro pode ser parte de uma estrutura enviada por alienígenas. O asteróide ficou conhecido como Oumuamua, palavra havaiana que significa “mensageiro de longe que chegou primeiro”.

O Professor Avi Loeb

Avi Loeb tem 56 anos e é o presidente do departamento de astronomia da Universidade de Harvard, o que por si só o torna um nome de peso para o assunto. Além disso, já publicou mais de 700 ensaios sobre o fenômeno da astrofísica. Dentre as áreas de interesse do astrônomo estão os buracos negros e o nascimento das primeiras estrelas. Atualmente, seu grande foco é a possível existência de vida extraterrestre e seu mais novo trabalho, é um livro sobre o assunto. Avi deu uma entrevista exclusiva para o site Spiegel e contou um pouco sobre essa sua área de interesse e o que já descobriu sobre o assunto, assim como o que ele pensa sobre tudo isso. E claro, ouvir a opinião de um especialista é sempre interessante.

Sem ficção científica

Uma das grandes surpresas para muitas pessoas é que o Professor Avi não gosta de ficção científica. Segundo ele, quando um filme começa a quebrar as leis da física para dar mais ação ou animação as sequências, isso acaba tirando seu interesse do longa. Ele simplesmente não consegue curtir a experiência. Mas mesmo sem gostar dos alienígenas no cinema, o professor ainda é interessado neles. Na vida real. Essa é uma das grandes questões do universo, o que sempre o interessou bastante, mesmo quando ainda era muito pequeno e quando começou a se fazer a grande questão “Estamos sozinhos aqui?”.

A importância do contato alienígena

Ele também contou um pouco sobre a importância de se levantar essa questão. Não é apenas uma questão de responder à pergunta. A partir do momento em que descobrirmos se existem outras vidas inteligentes no universo, nós mudaremos nossa perspectiva sobre a nossa própria importância nesse cenário. Além, claro, da necessidade de unir conhecimentos, afinal, vidas extraterrestres podem trazer novos conhecimentos e vice-versa. Seria como pular anos de descobertas. Ele acredita que estamos cada vez mais próximos disso, graças ao avanço tecnológico que estamos vendo nessa área. Por exemplo, o satélite Kleper conseguiu nos mostrar que algumas estrelas possuem planetas com as mesmas temperaturas da Terra, o que seriam favoráveis para o crescimento de vida. Mas o professor ainda chama atenção para a possibilidade de que esses seres possam ser (e provavelmente devam ser) muito diferentes de nós. Ou, até mesmo, que o que encontremos sejam apenas artefatos. Humanos não podem viajar pelo espaço a menos que tenham uma série de aparatos para ajudá-los e lhes dar essa condição. O mesmo pode acontecer com os alienígenas, que ao invés de viajar pessoalmente, podem enviar esses artefatos, como impressões. Por isso, ele acredita que primeiro vamos encontrar alguns destroços tecnológicos antes de realmente encontrar vida extraterrestre em si, como partes de naves ou de objetos.

O caso Oumuamua

Possivelmente, é este o caso do Oumuamua, por exemplo. Avi observou que ele foi um objeto fora do comum, com um brilho que mudava de forma dramática, e com um formato estranho. Sua órbita, que foi estudada pela revista Nature, também se mostrou um detalhe a parte, porque ela não condizia com a órbita de um objeto movido apenas pelo campo gravitacional do sol. Ou seja,  havia uma força extra agindo sobre ela. E o mais incrível de tudo é que Avi Loeb acredita que no caso do Oumuamua, existe a possibilidade de que ele não seja apenas parte de um artefato ou parte de uma nave perdida e sim um objeto que veio até a Terra de forma proposital. O professor diz estar usando a lógica de detetive, e segundo Sherlock Holmes, “Elimine o impossível, e o que restar, por mais improvável que pareça, deve ser verdade.” Respondendo a acusação de que algumas pessoas acreditam que ele está querendo apenas chamar atenção com essa especulação, o Professor Loeb disse que não é o caso, já que ele sequer publicou seu artigo na mídia. Ele admite, porém, que sua imaginação é limitada pelo que conhece, e que certamente suas ideias e sua convicção de que existe uma vida além da Terra influenciam no que está trabalhando. Ele não descarta a chance de, ao invés de encontrarmos alguém lá fora, sermos encontrados. Nesse caso seria necessário primeiro estarmos certos das suas intenções, e se fossem pacíficas, ambas as populações teriam muito o que ganhar. Fonte: Spiegel

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