Nesse mês de fevereiro, a Virgin Galactic anunciou que relocará a sua nave espacial SpaceShipTwo para sua sede comercial no Novo México, sendo mais um passo para lançar passageiros ao espaço. Dados da corretora Fidelity apontam que as ações da Virgin Galactic foram as mais negociadas na plataforma nas últimas semanas, ficando atrás apenas da Apple e da Tesla. Cerca de 70% dos investidores do varejo estão comprando as ações. Isso se dá também porque as empresas concorrentes, como a Space X de Elon Musk e a Blue Origin de Jeff Bezos, não são de capital aberto, tornando a Virgin Galactic a única opção para os varejistas investirem e apostarem em viagens espaciais. Segundo a Forbes, a expectativa é que a concorrência acabe tornando pública suas respectivas empresas caso a Virgin Galactic continue crescendo em ritmo acelerado.

Virgin Galactic e o otimismo dos especialistas

Os analistas do Morgan Stanley (via InfoMoney) acreditam que a alta das ações da Virgin Galactic ocorre por uma combinação de dois fatores principais: a falta de empresas focadas exclusivamente nesse segmento aliado a um aumento de interesse dos investidores. No curto prazo, o preço das ações deverão ser definidas pelos testes de viabilidade de voo que comprovarão a capacidade do foguete em realizar as viagens. Acredita-se também que a empresa deve levar investidores para as instalações na Califórnia e Novo México a partir do segundo trimestre, o que deve endossar o otimismo do mercado. O primeiro cliente da Virgin Galactic será seu próprio fundador: Richard Branson, que tem sua viagem planejada até o final de 2020. Já para o ano que vem, a meta é ter pelo menos 115 passageiros. Até hoje, foram mais de 600 reservas e cerca de US$ 80 milhões depositados para voos de 90 minutos, sendo que cada passagem tem custo médio de US$ 250 mil. Vale dizer que o alto custo das viagens é um dos fatores que levam os analistas do Credit Suisse serem mais céticos quando comparado aos do Morgan, alegando também sobre a possibilidade de maior concorrência, risco de acidentes e se há uma real demanda para esse tipo de voo.
Fontes: Forbes, InfoMoney, CNN Business e Yahoo Finance

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