Empresas grandes também produzem tecnologias que fracassaram

Fire Phone

Ring

Privacidade é uma das maiores preocupações nos últimos anos, principalmente quando tratamos sobre empresas que são conhecidas por vender dados. Agora imagine você comprar um sistema de segurança integrado, com câmeras na porta e/ou dentro da casa e ouvir, do nada, uma voz saindo de uma das câmeras dizendo que você vai morrer? Praticamente um filme de terror de baixo orçamento, né?

Apple

Macintosh Portable

Considerado como um dos primeiros computadores portáteis, quiçá o primeiro deles, o Mac portátil foi lançado em 1989 e dá um pontapé para a presença da Apple nas tecnologias que fracassaram. Quase do tamanho de uma impressora, o “notebook”, se é que podemos chamá-lo assim, apostava no desempenho em detrimento do tamanho e do preço, além de rodar com pilhas. Se a aposta era no desempenho, que fizessem um computador normal, não um pedregulho gigante que funcionava com a desgraça ambiental que são as pilhas. Como se não bastasse esse tipo de erro para assustar o consumidor, o preço afugentou até mesmo os fãs mais assíduos da empresa. Ele custava dolorosos 7500 dólares na época. Não é surpresa para ninguém que foi descontinuado 2 anos depois, em 1991 – com esse valor, você provavelmente começava sua própria empresa e tinha margem de erro para lucrar por pelo menos 3 meses.

Maps

O Apple Maps foi a tentativa desastrosa da empresa de competir com o Google Maps. Lançado em 2012, recebeu mais críticas do que a última temporada de Game of Thrones e o final de Lost combinados. Os mapas vieram sem pedaços de cidades, com informações velhas, erradas ou mal atualizadas. Desnecessário dizer que muita gente perdeu o emprego nessa brincadeira, mais ou menos na mesma proporção de pessoas que se perderam usando o serviço. Mesmo atualmente, os desenvolvedores da Apple ainda buscam se redimir lançando atualizações constantes para o serviço da empresa e o melhorando conforme os anos, mas ei, o estrago já foi feito. De todo modo, caso você seja dono de um iPhone, não se preocupe, o aplicativo já está bem melhor do que naquele fatídico ano de 2012 – quem sabe o fim do mundo se perdeu usando os mapas da Apple e não chegou até nós? Fica a reflexão.

Newton

Continuando com a segunda maçã mais famosa do mundo, que perde só para a do Éden, temos logo de cara o Newton, assistente pessoal digital ou PDA (Personal Digital Assistant), que é a sigla em inglês. Desenvolvido para ser uma espécie de iPad, o Newton foi um verdadeiro fiasco. Com infelizes 8 polegadas (ca. 20 cm) de altura e quase 5 polegadas (ca. 13 cm) de largura, era mais fácil contratar um secretário ou simplesmente levar um caderno. Além do péssimo reconhecimento de caligrafia, a cereja no bolo foi o preço exorbitante de 700 dólares – pelo menos 695 dólares mais caro que um caderno padrão de capa dura. Não à toa, Steve Jobs cortou a produção do Newton logo após retornar para a Apple, no distante ano de 1997. Se ele mesmo corta seu produto, sinal de que ele merece estar nas tecnologias que fracassaram.

Pippin

É muito provável que você nunca tenha ouvido falar desse, ainda mais no Brasil, mas a Apple tentou a sorte no ramo dos games lá nos anos 90, com o Pippin. Criado para ser uma espécie de plataforma que se conectava à internet, ele, em tese, possibilitava programas educacionais e jogos ao mesmo tempo; queriam que o Pippin fosse um pouco de tudo, o famoso pau para toda obra, mas, infelizmente para a Apple, ele acabou não sendo muito de nada. Dentre os inúmeros problemas presentes nesse dinossauro de console, a internet era péssima, quase nenhum jogo rodava, nenhum desenvolvedor sério queria se meter a criar programas educacionais nele e o preço era absurdo, chegando na marca dos 600 dólares. Se isso já era abusivo na época, imagine a conversão atual desse valor.

Google

Google Glass

Inaugurando a presença do Google na lista de tecnologias que fracassaram, está o óculos de realidade virtual mais amado dos tempos modernos, o Google Glass. Semelhante ao acessório usado pelo personagem Cookie de Manual de Sobrevivência Escolar do Ned, o gadget foi vendido por um preço doloroso de 1500 dólares. O maior problema, além do preço, foi a preocupação com questões de segurança e privacidade, afinal, o Google já não é muito confiável quanto aos dados, agora imagine o que a empresa poderia fazer com um óculos? No mínimo, gravar e tirar fotos sem o portador saber. Talvez não estejamos prontos para esse nível de tecnologia ainda. Talvez isso já aconteça e nós só não saibamos. Muitas perguntas e questionamentos, pouco sucesso do óculos tecnológico.

Google Nexus Q

Ninguém sabe ao certo qual foi a intenção da empresa ao anunciar o Nexus Q, que parecia uma versão bem pior do que é um Chromecast hoje. Ele se conectava somente ao YouTube, ao Play Music e ao Play Video, sem possibilidade de mudança. Parece um pouco defasado, não? Justamente porque é. Só ele custava 300 dólares, mais 400 por speakers e ainda mais caso quisesse complementá-lo com outros periféricos. Depois de reviews péssimos de jornalistas, a empresa afirmou que faria melhorias e o lançaria novamente em data posterior, o que nunca aconteceu. E provavelmente nunca acontecerá também, dado que estamos em 2021 e nem sinais dessa aberração tecnológica.

Google Plus

O Google é mestre em tentar criar redes sociais para fazer frente aos concorrentes. Foco em tentar, porque todas até o momento foram um desastre digno de tecnologias que fracassaram. Mesmo o Orkut, que foi sucesso no Brasil, foi um fracasso no exterior, motivo pelo qual foi descontinuado e agora todos somos obrigados a entregar dados para o Zuckerberg. No fim, é uma escolha de para quem você quer vender seus dados. Após a destruição completa do Orkut e da esperança dos brasileiros de ter uma fazenda feliz próspera, fomos agraciados com o Google Plus. Acho bastante difícil encontrar uma pessoa do círculo de amizades que tenha usado o serviço de maneira séria, ou mesmo que tenha acessado ele uma vez, ou ainda que sequer tenha ouvido o nome do programa.

Microsoft

Kin

Pouco antes do Windows Phone, o Microsoft Kin ganhou vida, só para perdê-la logo depois. Uma mistura engraçada de celular, pager e qualquer outra coisa com teclado, o Kin foi desenvolvido para ser um aparelho que conectasse as pessoas em redes sociais, mesmo não tendo suporte para Twitter ou YouTube. Há boatos de que quem trabalhou no projeto sabotou tudo pela chegada do Windows Phone, mas isso é teoria para outro momento. De todo modo, o Kin foi descontinuado SEIS SEMANAS depois do lançamento. É quase o mesmo tempo que eu levei para perceber estar no curso errado da faculdade. Isso que eu chamo de flop.

SPOT Watch

A iniciativa da Microsoft era interessante: criar uma linha de produtos úteis no ambiente doméstico e fora dele também. O primeiro desses produtos foi o SPOT Watch, que… bem, não deu muito certo, vide a presença nas tecnologias que fracassaram. Quase um predecessor para o Microsoft Band, que também não foi muito bem recebido, o relógio tinha como portal de informações o MSN. Milagrosamente, durou 4 anos até ser descontinuado. Convenhamos, ter como portal de informações o MSN também não foi a jogada mais inteligente. Todos nós usávamos aquilo somente por obrigação, já que ele aparecia automaticamente ao abrir alguma página da internet, mas aí saíamos do site com a mesma velocidade com que entramos.

Windows Phone

O fato do Kin ter sido um fracasso completo não significava, necessariamente, que o Windows Phone também seria. Ao menos não na mente dos responsáveis por criá-lo. Ledo engano. O smartphone da Microsoft foi uma catástrofe, perdendo em todos os sentidos para os competidores, mais especificamente para o iPhone, que triunfou sem a menor competição na época. Problemas na administração do tempo, desperdício de gastos, como a compra da Nokia, falta de aplicativos e sistema operacional pouco responsivo são somente alguns dos problemas enfrentados pela gigante da tecnologia, que derrapou lindamente nesse investimento. Parece que todo o subterfúgio de sabotar o Kin em detrimento do Windows Phone não valeu de nada.

Zune

Para finalizar a lista de tecnologias que fracassaram da Microsoft, temos o Zune. Lançado em 2006, o aparelho fez parte daquela onda de dispositivos para escutar música em formato MP3. Em tese, você podia até se conectar com quem estivesse usando ele perto de você. Na prática, entretanto, não era bem assim que funcionava. Talvez se o iPod não tivesse sido lançado na mesma época, o Zune teria alguma chance de competição, mas como não foi o caso, ele perdeu feio. A Microsoft tentou transformá-lo numa loja de música também, mas tampouco deu certo, e o serviço foi finalizado em 2015, sem muitos assinantes e também sem muitas músicas de qualidade.

Geral

Alerta de mísseis no Havaí

Você acorda num sábado de manhã e a primeira mensagem no seu celular é a de que um míssil intercontinental vai acertar seu estado em 15 minutos. Pior do que isso, é uma mensagem oficial do aplicativo do governo, até porque as tensões com outro país estavam bem altas e o primeiro alvo numa eventual guerra é onde você mora. O cenário parece meio desesperador, né? Como num filme de guerra mesmo. Em outras palavras… #%$@! O problema é que a mensagem foi um alarme falso que foi disparado para todos os smartphones e redes de televisão no Havaí, causando pânico generalizado e mandando centenas de pessoas para abrigos de emergência. Se isso não é um claro sinal das tecnologias que fracassaram, não sei mais o que é.

Betamax

Seu nome não é muito lembrado hoje, mas o Betamax da Sony foi o principal concorrente do VHS, lá na década de 80. A qualidade técnica do produto da Sony era superior à do VHS, mas o tempo de gravação era menor, fator importante na hora da decisão por parte do consumidor, ainda mais com a ascensão dos sitcoms e outros programas do gênero. Por um tempo, o Beta, como também era chamado carinhosamente – não confundir com o estágio de construção de softwares ou então com o simpático (mas bravo) peixinho vermelho -, conseguiu disputar o mercado. No entanto, ao longo dos anos, o VHS se equiparou em qualidade técnica e não houve marketing suficiente para reverter a mente dos compradores, garantindo presença nas tecnologias que fracassaram.

CD-I

A tentativa da Philips de entrar no mundo dos consoles não deu muito certo. O CD-I, com medo da concorrência pesada da época, foi vendido como uma interface, assim como o Pippin da Apple. Ou seja, ele podia conter programas educacionais, enciclopédias e aulas e, ao mesmo tempo, games. Convenhamos que essa mistura insana não pode dar certo, correto? Mesmo assim, a Philips teimou e lançou o produto. O problema é que, atirando para todos os lados assim, fica difícil acertar, principalmente com o nível tecnológico da época. A qualidade dos jogos era horrível, basta ver os spin-offs de Zelda, como The Wand of Gamelon, um verdadeiro terror para os fãs da franquia. Se tiver coragem, procure sobre no YouTube. Superado por computadores e consoles, o CD-I foi descontinuado em 1998, para a felicidade de todas as pessoas sensatas.

Cyberpunk 2077

A falha mais absurda dos últimos anos foi o tão aguardado RPG Cyberpunk 2077. O jogo veio tão ruim e mal otimizado que a empresa está enfrentando diversas ações legais, problemas com plataformas como a Playstation Store e outras, levou multas e ainda teve que fazer um pedido de desculpas oficial onde o dono parecia mais triste que certas figuras públicas ao descobrirem algumas verdades sobre a existência. Poderia falar mais, mas você pode ver por aí tudo que deu de errado com o jogo.

Galaxy Note 7

Talvez a contribuição mais interessante trazida pelo Galaxy Note 7 tenha sido a prova definitiva da existência da combustão espontânea. Afinal, não é todo dia em que os celulares simplesmente explodem por aí e pegam fogo, ainda mais dentro de aviões. Talvez um lugar nas tecnologias que fracassaram não seja o suficiente, talvez devesse estar na lista de tecnologias perigosas, mas… A Samsung foi rápida e substituiu todos os modelos por novos dispositivos para consertar o problema. No entanto, os celulares continuaram pegando fogo, o que fez com que a empresa recolhesse os modelos e desativasse os softwares do Galaxy Note 7, transformando ele numa casca. Isso salvou a reputação da empresa, que hoje é uma das maiores do ramo.

Hoverboard

Para finalizar com classe – nem tanta – a lista de tecnologias que falharam, eis uma invenção absurda. Muitos pensaram que os hoverboards seriam equivalentes aos mostrados pela ficção científica, onde a pessoa subia em cima de uma prancha e flutuava por aí. Aspectos técnicos de lado, dificilmente daria certo – a falha dos hoverboards com rodinhas está aí para provar. Pessoas tomaram tombos dignos de vídeo-cacetadas do Faustão e teve até gente que morreu por não conseguir controlar o aparelho direito. Como se isso não fosse o suficiente, vários modelos simplesmente entraram em chamas devido à bateria. Uma lástima. Mesmo assim, ainda tem gente que teima em continuar andando com eles por aí. Atravesse a rua caso veja uma dessas pessoas – se der tempo. E aí, gostou da lista de tecnologias que falharam? Veja também o vídeo do Showmetech! Fontes: Mrwhosetheboss | The Verge | Buzzfeed

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